domingo, 3 de janeiro de 2010

Rusted Wheel

Tive uma noite muito remexida, que ficou me importunando até que eu acordasse de uma vez e deixasse os sonhos em paz, pra uma outra noite qualquer.
Geralmente eu sonho com alguns problemas, ou coisas que eu ainda quero resolver. Fico adiando tanto que ate na hora de dormir essas coisas nao me deixam em paz.
Na verdade, eu só fico muito feliz mesmo, quando eu sonho com alguma coisa semelhante ao que sonhei a algumas noites atras: depois de meses pedindo pra ter o remake de um sonho absolutamente perfeito que me ocorreu (infelizmente só em imaginaçao), tive uma versao nova do sonho antigo.
Em um dia de outubro, acordei querendo nunca ter acordado, e só o fato de eu ter tido esse pensamento, ja me assustei. Tudo que eu queria era fechar o olhos, e voltar pra dimensao que eu estava, e continuar ali, independente do despertador estar tocando e ter uma escola no recreio dos bandeirantes me esperando.
No sonho, eu só precisava vestir aquela blusa colorida que ia até meus joelhos, e continuar andando atras do que eu tanto procurava. Eu tinha certeza que encontraria ate o final do sonho.
Entre me perder da minha amiga igualmente descalça que nem eu, e escutar musicas que antes de acordar eu nao fazia ideia da exixtencia, o sonho ficava mais nublado e frio, e eu cada vez estava mais ansiosa para achar aquilo que eu parecia procurar porque de uma maneira meio doentia, eu precisava disso pra coseguir aproveitar completamente aquele transe que estava acontecendo bem ali na frente dos meus pobres olhinhos: uma aglomeraçao de pessoas, todas com o mesmo proposito em escutar aquela musica loooouca que saia dos auto-falantes. Mas nao importava o que eu fizesse, e eu nao estava exatamente fazendo muito alem de olhar por todos os lados, eu nao o encontrava.
O sonho antigo (como ja se é de imaginar) terminou com o par de braços que eu tanto amava em volta de mim, desligando o comando de ''continuar sonho'' dentro da minha cabeça, porque ate ali ja estava aparentemente bom o suficiente para uma noite de sono.
Terminou mais do que perfeito: descobri que o que eu queria encontrar era na verdade aquilo que me completava, que tambem podemos chamar de o-dono-dos-braçinhos.
O sonho novo entao veio remexer nisso, que eu tento todo santo dia esquecer como foi bom, começando extamente da onde o sonho antigo terminou, e ficando parado nessa cena, sem nos mexermos: sei lá por quantas horas eu dormi, só ficava lá o abraçando durante horas, sem sair dali.

Admito que depois do primeiro sonho, houve muita reviravolta na minha relaçao com a pessoa que estava a me abraçar, e logo depois (ok, um longo e conturbado tempo depois) cada um seguiu seu caminho, sendo assim o melhor para os dois. Ainda assim, fiquei me perguntando se isso nao era uma especie de sinal divino pra me dizer que eu deveria estar o procurando, ou ''fazer pazes'' (se estivessemos brigado).
A questao é q inevitavelmente esse bendito sonho mexe com cada estrutura minha, faz aquele sufoco voltar e com certeza inclui um pouco de phil collins tambem, se voce me entende (e leu o post antigo).

A verdade, e isso é um saco, é que eu queria realmente estar lá no sonho, onde tudo pareceu bem mais facil de ser resolvido, onde eu nao preciso sair do lugar onde eu estou para encontra-lo. Eu queria mesmo que ele estivesse aqui agora. Ou sempre.

Mas enquanto eu nao resolvo a minha vida, nao tomo coragem pra ter iniciativa de cultivar uma relaçao mais saudavel, enquanto tudo isso nao acontece, em sonho ta valendo.
Pelo menos lá ta tudo certo. E o phil collins (assim como o mgmt e o silversun pickups) continua cantando pro abraço.
E o abraço era bom hein, vou te contar.




''I remember don't worry, how could I ever forget?''

In the air tonight.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Every now and then

Hoje foi provavelmente um dos pouquissimos dias da minha vida dos quais aproveitei minha propria compania, sem ligar pro fato de nao ter com quem conversar, ou chorar magoas de problemas sem respostas.
Me encontrei achando consolo pra muitas das duvidas que tinha, naqueles versos que o Amarante sempre aparece estar cantando pra mim (ok, o Camelo tambem). Escrevi sobre uma pessoa que me sufocava com uma saudade antiga, pra qual eu ainda nao vejo breve solucao, ou pior, nao me vejo nem de longe conseguindo lidar com isso, comigo..., e logo depois quem vem se desculpar por atos passados? ele mesmo.
Nessa hora, achei q fosse morrer, ou que meu coracao ia explodir de tanta felicidade (tanta que liguei pra minha amiga q esta curtindo a night em buzios e fiz ela gritar alguma coisa pra dizer a ele em resposta). Mas quando ele comecou a dizer tudo aquilo que sempre diz, tudo aquilo que eu continuo estupidamente esperando q diga sempre, a fim de realmente se desculpar por todo o tempo que ao longo dos anos eu investi em nos dois, e ele nao, achei que provavelmente ele tivesse treinado na frente do espelho, ou so se sentido na necessidade de dizer.
Odeio fazer alguem se sentir na necessidade de ter alguma especie de relacao comigo, ou ter q me procurar considerando o fato de que nao tem outras amigas mulheres.
Quando realmente ele comecou a falar tudo aquilo, mesmo que meu coracao estivesse dando pulos estilo dainane dos santos, eu queria sair de perto e fingir que isso tudo nao aconteceu sabe? Figir que aquilo nao era uma puta falsidade e que eu REALMENTE deveria ter perdido menos tempo com ele, bem do jeito que ele mesmo disse.

Mas, ja nao disse o ditado de que a gente nao escolhe quem ama?
E eu nao escolhi.
Queria voltar no tempo, a 7 anos atras e ter sacudido a minha cabeca e dito ''amine, nao se mete nessa, eh furada'', mas se eu tivesse feito isso, nao teria aproveitado cada abraco, ou aquelas risadas que a gente sempre acaba lembrando nos finais da tarde.
Se eu soubesse que hoje eu sofreria tanto por essa amizade meio confusa, talvez eu tivesse sido mais esperta. Mas acho que a minha vida ficaria com esse vazio enorme e eu nao saberia como preenche-lo.

Mas agora, nessa realidade onde eu tenho que competir com essa namorada (a qual eu porcamente influenciei que virasse de fato namorada), e nao podendo ser so ser a melhor amiga ou o que quer que eu seja agora, isso me doi muito, e tudo o que eu realmente quero eh que ele pare de falar. So pare.
Pare de me fazer pensar nele.
Pare de dizer essas coisas e deixe eu viver uma vida que nao inclua tanto ele. Ou uma onde eu consiga pensar antes em mim, do que ter 3 pensamentos preocupados sobre a vida dessa outra pessoa.

No final das contas, todas as musicas ainda vao me lembrar de cada momento que a gente viveu, cade verso ainda vai querer fazer eu voltar no tempo, mas o tempo nao volta e eu continuo aqui, esperando por uma coisa que nao vai acontecer.
Por isso, quando ele começou a falar tudo, ja nao fazia mais sentido algum.
Ele nao esta aqui pra mim da maneira como eu sempre estive pra ele, e desculpa nao conserta, e nem de longe poe tudo no lugar.
Minha vontade é sinceramente manda-lo ir a merda, porque é sempre quando esta tudo perfeitamente bem que ele vem com esse papo mole. Entao tchau meu filho, vai arranjar uma outra vida pra atormentar.



''Eu quero paz, quero dançar com outro par pra variar, amor. Não dá mais pra fingir que ainda não vi as cicatrizes que ela fez. Se desta vez ela é senhora deste amor, pois vá embora, por favor, que não demora pra essa dor sangrar.''

DETALHE POS-POSTAGEM

Provalvelmente o orkut foi a pior e a melhor invencao do homem desde da roda. Ou da pasta de dente (mesmo q eu continue acreditanto q a melhor invencao do homem foi a fibra do vinil). Acontece q eh inevitavelmente pelo o orkut q voce acaba sabendo de tudo aquilo q inevitavelmente voce vai acabar sabendo, mas q como eu, gostaria de fingir q nao aconteceu.
No meu post sobre a saudade eu, definitivamente, nao estava incluindo essa pessoa. Com certeza absolua estava envolvendo alguem BEM proximo a essa pessoa (e q inicialmente era muito mais proximo da minha pessoa), mas nao essa pessoa. Essa pessoa esta excluida dos meus pessamentos a aproximadamente 3 semanas, ou talvez menos porque ninguem eh de ferro, e eu juro q estava perfeitamente em paz com isso. Essa pessoa tambem me faz uma puta sufocante falta, mas eu tento com todas as forcas q eu encontro iguinorar esse fato fatidico. Acontece q eh nessa hora q, ao mesmo tempo q acabamos de postar um post complexo (ou nem tanto) sobre a saudade, que no meu caso esta virando uma doenca ou um bicho parasita, me vem o orkut e aquela shhhhhhhit de ATUALIZACOES q eles invetaram e eu (obviamente) nao consigo controlar minha curiosidade estupida e la vou eu olhar a bendita infeliz foto. E pra piorar a situacao, a foto tinha como titulo (se podemos chamar aquilo de titulo) um adjetivo direcionado a pessoa em questao, o qual eu DE MANEIRA NENHUMA me faz concordar. E gostar.
Porque querendo ou nao, E REPITO: EU ODEIO SAUDADE, eu morro de ciumes da pessoa em questao, estou passando a inclui-lo na minha lista negra de pessoas q eu estou missing, e odiei a merda (palavroes no blog novo..) do adjetivo (ate porque eh um adjetivo no eufemismo, mesmo nao estando no eufemismo. a nao ser q o adjetivo seja literal, ou seja, esteja indicando o fato de q de fato a pessoa em questao ficou com a horrivel q esta do lado dele (a qual eu estarei investigando em possiveis proximos posts), o q eh algo ainda mais deprimente do que a foto, a menina e ele. q confusao), e odeiei o fato de ter chegado a conclusao de que mesmo sem certeza nenhuma, TENHO CERTEZA DE QUE ELE FICOU COM ELA.

to odiando o orkut e o blog novo, que esta me fazendo concluir as verdades muito mais rapido do que eu normalmente faria.
TCHAU

Old Ways

(computador com configuracao americana, ou seja, without acentos)
Depois de nao sei por quanto tempo pensar a respeito de iniciar um novo blog (pelo fato de nunca ter aprendido a mexer no livejournal), principalmente quando os 140 caracteres do twitter acabavam e eu continuava com a vontade sufocante de contar tudo pra alguma alma viva (nem q essa seja eu mesma, no final das contas), resolvi dar as caras por aqui, falar da vida - da minha, ou de estranhos (por mais q eu nao seja muito in nesse tipo de jornalismo) - e sei la, matar esse tempo que muitas vezes parece me matar.

Esse tempo livre, por incrivel q pareca, nao esta me fazendo surtar nem nada. So esta pra variar, me fazendo lidar com o que eu mais odeio na vida: a saudade.
Aqueles sonhos esquisitos, as musicas q sempre caem no aleatorio e te fazer lembrar de um zilhao de coisas, e o celular, que sempre resolve estacionar em cima do numero dessa(s) pessoa(s). Nessas horas a minha cabeca fica a um zilhao por hora, morrrrrendo de vontade de fazer uma besteirinha de nada, mas meu orgulho sempre acaba me salvando, e me direcionando de volta pra realidade, q eh de onde eu nao deveria ter saido pra comecar. (odeio escrever ''eh'').
Quando eu comeco a comentar sobre esse extra de tempo (a ser consumido com inutilidades) percebo q eh provavelmente isso q esta me distraindo pra essa baboseira de saudade. Por isso, quando eu abro a porta pela manha e vejo a cara do meu vizinho de last night, ou quando ele me manda ir beber uma garrafa de tequilla sozinha pra esquecer tudo isso, comeco a achar mesmo q eh isso q eu deveria estar fazendo, apesar de saber q essa saudade nao eh de hoje, e parece q ela chegou com um mandato de permanencia por tempo indefinido, porque eu ja fiz de tudo (menos coisas q envolvem garrafas de tequilla) e ela nao vai embora.
Admito q agora ja se tornou uma coisa a qual eu aprendi a conviver, mas como eu ia dizendo, sabe quando toca aquela musica, e NAO TEM COMO nao lembrar? E quando a gente sonha com aquelas cenas da infancia, que por acaso isso tambem se inclui na saudade, e acorda sorrindo q nem uma imbecil? Bom, tem dias q o phil collins fica cantando in the air tonight pra mim o dia todo, e eu juro, q no fundo, eu nao gosto nada disso.
Aproveitei o ano novo, comi (muito mais do q deveria), escrevi uma parte nova pra historia, segui minha vida, e de repente vem aquele sufoco doido querendo me derrubar. Da vontade de gritar: ''sai daqui malditoooooo, voce nao vai conseguir nadaaaaaaaa'', mas isso seria mentir no blog novo, e eu nao acho certo.
O sufoco consegue tudo por aqui,
me derrubou,
e aqui estou eu, e phil collins, compartilhando a vontade de correr ate um certo condominio da barra, chamar um elevador, abracar aquele infeliz, e nao sair dali nunca.
Que assim como a realidade, eh de onde eu nunca deveria ter arredado meus pezinhos.

A vida ''eh'' assim, blog novo.
Beijo amis