domingo, 26 de setembro de 2010

Tua Valsa

‘‘Inácio,
Remôo dúvidas, incertezas, inconseqüências, indecisões e generalizações da alma que você involuntariamente me causou em nosso curto tempo de convivência cativa. Cinco palavras de significado semelhante, e fortes, porém nem de perto executam com perfeição o papel de dizer-lhe exatamente como me sinto a seu respeito.
Resta, no entanto, esperança a meu coração dilacerado que entenda se não com palavras, mas olhando na sombra de meus olhos. Ou da lagrima que deles cai.
Foi inevitável jogar sobre suas regras, dançar a valsa que você escolheu. Me vi por completo sua, sem pestanejar ou pensar em pensar em lhe entregar o único pertence que ainda me restava: minha sanidade.
Pois porque massacraste a ela com suas próprias mãos? Por que acabaste por exteriorizar tão cruelmente o fato de que pouco se importava comigo e que jamais me encaixaria no buraco que ela te fez? Por que não seguraste minha mão e disseste que tentativas eram desnecessárias?
Por que Inácio, me fizeste amar você?
Por que continuas a fazer com que eu sinta sua falta? Até do mais doloroso e frio abraço? Não entendo a razão de porque negas que ela ainda mora em teus pensamentos... Mas não mais me lembrarei do tempo maravilhoso, admito, que desperdicei a seu lado.
Quero respirar ares que não me assombrem o fantasma dela.
Quero dar passadas claras, te envolver na certeza que posso viver sem você.
O fato, e percebi tarde, é que a ferida da saudade ficará aberta por longos segundos, minutos e horas. Anos se passarão e a cada olhar, cada sorriso inocente será como uma navalha em uma cicatriz recente. Infeliz, é esse ser um machucado bom, lotado de uma nostalgia que só me faz continuar a te admirar. Lotada também de lembretes contínuos de que preciso viver pra mim. É uma lastima sempre que percebo que te quis mais do que quis bem a mim mesma.
E te escrevo agora só para pedir-lhe que me deixe ir. Que te esqueço a cada vez que meus cílios piscam, ou que tento todas as vezes. Não me venha arrependido de mal valorizar a afeição que te dei, ou por todas as vezes que te chamei de ‘amor’ e lhe fui sincera. Diferentemente de você, que nunca nem me olhou nos olhos com atenção.
Precisa parar de mentir para si mesmo, Inácio, de que minha devoção seria infantilmente eterna. Pois te digo que já escuto os acordes de uma nova musica, a qual não dançarei a seu lado, e que me faz contente de não buscar por suas mãos em minha cintura. Agora vejo que por tantas vezes desejei sua aprovação, e tentei alcançá-la, mas somente recebi a crueldade de seus desacatos.
Finalmente, olho para seu sorriso bobo, e me sinto na necessidade de dizer-lhe que continuarás a ser meu preferido de todos os sorrisos, porém prefiro não olhar-te, a fim de não correr o risco de sucumbir a querer mudar a certeza do que te falo agora:
Pena que sinto de ti, por ter desperdiçado tão vaidosamente, o único amor sincero que passou por teu caminho. Por isso Inácio, peço-te que me deixe ir.
Só dessa forma perceberás no futuro que não se deve dar valor tão tarde a alguém, se queres preservar a certeza de que ainda a terá quando amanhecer. Pois estou indo embora, e você em seu sonho fica, debaixo de estrelas brancas, acreditando que ela te visitará nessa clássica ilusão: Assim como o que você foi pra mim, Inácio. Uma ilusão que equivocadamente criei.’’

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Desistir de tentar, ou cansar de querer?

Toda santa vez que alguém próximo de mim termina um relacionamento comprometedor tenho a tendência de querer analisar todo esse ciclo idiota que se passa na nossa cabeça quando TENTAMOS entender o nosso ‘’elo’’ com aquilo que chamamos de homens. O que pra mim, aliás, é física quântica (dica que eu nem entendo física comum). Eu sempre acabo não entendendo nada mesmo, mas bolando uma explicação pseudo-inteligente, não só pra tentar aplicar na minha vida (que por acaso nem metade dos meus próprios conselhos eu consigo escutar), mas pra colocar aqui no blog a fim de que ajude alguém de alguma forma com a minha vasta sabedoria (escutar no dia seguinte na escola (e no twitter/Orkut) que eu consegui escrever exatamente o que se passa em suas cabeças).
Mas não se iludam, minhas flores. Sou a adepta numero 01 do belo mantra filipino de ‘’faça o que eu digo, jamais faça o que eu faço’’.


E por isso, AÍ VAI! Minha cadeia alimentar da dor de cotovelo no século XXI:


Ex-namorado numero 1) Se você termina um relacionamento que contabiliza rotações da terra em torno do sol (digo, anos), é praticamente impossível que exista um fim literal. O máximo de fim que você vai ter colega, é continuar se amassando com seu ex 1 esporadicamente, em cantos escuros, ou corredores avulsos , toda vez que vocês derem uma exageradazinha básica na tequilla ou estiverem naquele dia Arraste-me-para-o-inferno pelo fim com o ex numero 2.


Ex-namorado numero 2) a terra não fez rotações nesse caso, mas você sente como se o seu ponto focal foi virado de ponta a cabeça com esse cidadão. Esse, foi aquele com quem você não viu o tempo passar, andou de bicicleta por bosques, viu o sol nascer e se por, trocou a tequilla pela sangria (pra tentar convencer ele que aquela sua fase de mesa de bar, passou), até começou a entender de futebol só pra agradar o pobre coitado que tinha que escutar falar das coxas dos jogadores (contratou um professor particular só pra te explicar repetidamente o que é impedimento), e todos esses programinhas gays de quem acha que tá vivendo um amor de Titanic (no seu caso o amor acaba, em vez da sua vida). Lá se foram meses, e chega uma hora que a sua ficha cai que sua vida solteira estava muito mais promissora (ate uma arvore consegue demonstrar mais que gosta de você que ele), e por essa razão você vê o fim como uma luz no fim do túnel. Mas não antes de se abastecer com a esperança de que seu ex numero 3 vá te ligar e que vocês possam retornar ao bar do Tonho e terminar aquela garrafa de José Cuervo que fica te encarando toda vez que você passa naquela esquina.


Ex-namorado numero 3) Esse é de fato um ex especial. É aquele ex de fim de noite, aquele que te faz ter um sorrisinho maroto toda vez que você pensa nele. Aquele que de algum jeito que a ciência desconhece, te faz ficar melhor de quase tudo, tem o poder mágico de te tirar daquelas crises existenciais e piores fossas (alugando, por exemplo, o DVD do HP), e te mostra de um jeito muito particular que sim, ainda existe esperança no mundo pra você (e faz isso tudo, acredite se quiser senhoras, sem que você precise trocar sequer uma misera gota de saliva com ele).
Ele pode te abraçar e você não sentir nada alem de gratidão (o que por acaso é uma coisa horrível de se sentir por um ex), mas por incrível que pareça ele vai ate entender. Tudo porque de um jeito ou de outro, ele sabe que sua cabeça fica sempre perdida atrás do ex numero quatro, sempre tentando achar uma maneira de esconder aquela lagrima maldita que cai, quando ele te abraça e você queria que fosse o outro.


Ex-namorado numero 4) É aquele. Todo mundo tem um assim, ou ainda vai ter. A gente nunca consegue fugir desse tipo de carma por muito tempo. Um ex tão escolhido a dedo, que conseguiu fazer com que seus dias com ele, parecessem horas.
Te fez questionar se terminar era o melhor pra relação de vocês.
Aquele que voce acabou se entregando, sem querer que isso acontecesse.
O único que te faz ter aquela vontade doentia de pular em cima, toda vez que ele passa (o que é bem raro no meu caso. Ele simplesmente nunca passa..). Um desejo que voce tem certeza que não vai acabar nem tão cedo, nem que voce tenha certeza que enterrou todo o sentimento na curva de algum rio.
O único que voce queria que te ligasse no meio da noite. Voce nem sabe se ele ainda lembra de voce, ou do que vocês passaram juntos, mas gosta de pensar que se ele também ainda tem essa sensação nostálgica boa em relação a voce.
Ele é aquele que voce queria que a mao ainda estivesse na sua, nem que por mais um segundo.
É com ele que voce quer dividir a tequilla. A sangria. Os passeios no bosque. Qualquer por do sol. E qualquer abraço.
O único que ficava com voce daquele jeito.
Ele.
Sem compromisso, arrependimento, sem hora pra acontecer.
Sabe?
O único, sem vergonha nenhuma de dizer, que voce queria que não fosse ex.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Tight

O fim.
Só essa frase já em si parace bem trágica.
Parece pior até do que o fim em si.
Fiquei pensando o que eu poderia falar sobre uma espécie peculiar (e particular) de término, sem parecer dramático, ou diminuir a intensidade dos fatos. Cheguei pra variar em conclusão nenhuma, mas com uma forte suposição.
Acontece que quando a gente passa por um término, um fim, ou qualquer variação de separação que o seu racional considere válido, a gente acaba pesando uma porção de fatores.
Acaba também muitas vezes se arrependendo e não achando uma maneira de voltar atrás. Ou no meu caso, sentindo que foi melhor por quase todos os lados, tirando um, aquele infeliz, o da saudade.
Eu sempre fico agarrada naquilo de gostar mais de mim.
Nunca dá certo.
Sempre prometo que vou me entregar menos, gostar menos, ser menos aberta pro que vier. A vida no final das contas deveria ser assim mesmo: aberta. Não só pra esses amores doidos, que tiram a gente do chão, manipulam trilhas sonoras, que faz a gente piscar e do nada já to sonhando. No final das contas, eu sempre me pergunto se eu continuo sã ou não.
Mas é bom, sei lá. Na hora é sempre tão bom.
Antes lá estava eu: com a minha chuva, violão, varanda. Um par de olhos e eu já tava satisfeita. Escrevi 16 posts sobre ele. Sobre como era a imensidão que ate hoje eu não entendo, que era meu sentimento não correspondido por um cidadão que tá longe de ser sonho.
Do nada minha vida deu aquele pulo louco (ela tem essa mania), mudou tudo. E eu tava no meu porto seguro, conhecia bem o que era sofrer por aquilo, por ele.
Tava acostumada.
Pior: Eu tava bem por estar mal.
Isso lá faz algum sentido?
Mais non sense foi esbarrar com um alguém que conseguiu de alguma forma sugar e deletar todo esse passado de quase um ano nas trevas e me fazer sorrir. Se eu gostava de ficar mal (inevitável admitir) eu estranhei ainda mais me sentir melhor. Como diabos isso podia acontecer assim tão merda de repente? Como que ninguém lá do além comunica essa surpresinha de novos affaires hoje em dia???? Como é pra que eu supostamente esbarre com isso e simplesmente viva?
Pois foi exatamente isso que aconteceu colega.
Doidera!
Parece que eu injetei uma heroína em pedra e simplesmente vivi. Sem pensar.
Doidera.
Foi bom, não quero mais olhar pra trás.
Acabou porque é isso que acontece com um sonho.
Você acorda.
Desce da nuvem.
Não olha pra trás.
Não lembra.
Esbarra todo dia com o sonho, sorri do sorriso do sonho. Abraça o sonho. Lembra do cheiro do sonho. Adora o idiota do sorriso do sonho. Ama o sonho só pelo fato dele ter despertado em você a vontade de sonhar. De novo.
Ama o sonho.
E acaba.
Eu posso definhar de saudade aqui, fechar o olho todo dia querendo sonhar com aquilo mais uma vezinha (isso também acontece bastante), mas eu to contando com a certeza que sexta, sábado, e muitos outros dias da minha vida eu ainda vou viver isso. Sexta agora se shiva quiser. Sem olhar pra trás.
Morro de vontade de (ter coragem) de ligar pra ele, contar que eu queria que ele estivesse aqui.
Que eu não quero olhar pra trás, mas que quero ele aqui.
Difícil né? Acabar assim. Porque você sente demais e ele sente de menos.
Eu sinto ate sonhando.
A conclusão que eu tirei disso (e eu tenho certeza de que você não entendeu nada): não adianta. As pessoas vão sempre te fazer sentir que mais hora menos hora você vai voar de tão feliz. Do nada, uma razão tão boba e tão pequena te tira toda essa sensação mágica. Essa razão, que nem foi pra mim, gerou a melhor medida a se tomar. Acabar.
Me botar em primeiro plano. Acreditar que eu posso fazer o meu próprio sonho. Que eu posso viver isso, e tomar as rédeas da minha vida.
Ocasionalmente a gente vai sonhar com isso, quem sabe ate poder viver essa coisa toda de novo. Mas enquanto isso não acontece, eu mudo a musica do blog, me inspiro em amores que não são amores, que duram pouco exatamente porque não são amores, que não me fizeram ficar louca, que me deram bons supiros, boas risadas, que me tiraram do chão. Que eu achei que nunca mais iria acordar de tão maravilhoso que foi.
Sonhos.


(segue nova musica blogal, fonte de inspiração pra esse post quase em algodão doce de tão vomitantemente romântico e mentiroso)

terça-feira, 10 de agosto de 2010

''Living a life I can't leave behind''

Ele entra. Ajeita a gola da blusa que agora depois de tanto se mexer, parece amassada. Pirragueia. Fica olhando para a porta, impaciente, se perguntando se talvez fosse o azarento único dia do ano que ela não voltaria para casa, como rotineiramente faz.
Senta na beirada da cama.
Deixa escorrer uma lagrima.
De longe, provavelmente só em sua cabeça, a musica favorita dela tocava baixinho. E agora, ironicamente tarde demais, percebe o quanto a letra dizia sobre os dois.
Barulho de chave. Ele se recompõe.
Ela entra, se assusta com a presença dele. – Ei... – diz, desanimada. – Visitando o meu bairro?
- Oi – responde com um riso. Ele abaixa os olhos e encara os pés.
- O que te traz aqui? – perguntou apática.
- Queria conversar.
- Sobre?
- Queria me desculpar com você.
Sentiu um frio percorrer a espinha. Não estava esperando por isso.
- Hm... Jura? – ironizou.
- Sim...
- E posso saber o porque da mudança tão repentina?
- Arrependimento, talvez.
Mais um arrepio.
- Um pena você não ter sentido isso antes... – falou ela, cética.
- Fiquei pensando sabe... e... não sei me explicar bem, mas, queria muito que você entendesse... eu não quero te perder.
Se segurou em seus joelhos.
- Mas... – tentava formular uma resposta ríspida, porem tudo estava embaçado demais em sua cabeça.
- Fala... – insistiu ele.
- Mas... como é possível perder uma coisa que você nunca teve?
Ele suspira. Segurou uma segunda lagrima que estava ameaçando cair. Por dentro, ela desfaleceu. Realmente não sabia de onde tirara forças pra dizer o que disse. A principio, estava se segurando na certeza de que assim fosse melhor. Que talvez essa mentira conseguisse mudar o rumo das coisas pra ela. Ou sei lá, que talvez ele fosse um daqueles que resolvem dar valor depois que perdem.
- Sério? – perguntou, deixando transparecer sua tristeza.
- Pois é...
- Voce tá me tratando assim por causa das coisas que eu falei? – perguntou ele.
Ela pausou. Virou de costas pra ele, começou a arrumar coisas aleatórias pelo quarto. Esfregou os olhos. Se proibiu de ceder. Mas conseqüentemente se obrigou a sofrer.
- Eu não lembro de nada que você disse. – respondeu.
- Olha... eu quero que você saiba que eu me enganei. As pessoas cometem erros sabia? Você não pode simplesmente esperar que eu seja perfeito.
- Não espero. – ironizou. Ele prosseguiu:
- Hoje de manha eu acordei porque não senti o seu cheiro. Era estranho demais você não estar lá. As suas coisas sumiram. Tudo de repente desapareceu. Foi como se você nunca... – pausou.
- Nunca?
- Agora não importa, acho – disse ele.
- É... talvez não importe mesmo. – retrucou.
Ela voltou sua atenção para a arrumação do quarto. Até começou a cantarolar a tal música. Ele levantou. Começou a andar em direção a porta.
Ela não foi atrás.
- Entao... eu vou indo. Hm... desculpa aparecer aqui assim mas... – perdeu as palavras. Ficou parado ali, olhando pra ela, reprimindo a vontade de abraça-la.
- Vai lá... – disse. – Boa sorte. – sorriu.
Novamente ela se virou de costas pra ele, olhou pela janela pra admirar o sol que já se punha. Quanto tempo será que tinha durado essa conversa com tantas reticências?
Ficou presa pela beleza do sol.
Ouviu o barulho da porta batendo, nem tinha percebido que ele saíra de perto.
Pensou melhor.
Correu.
- Quero de falar uma coisa – ofegou.
- Oi... – falou ele, soltando a porta do elevador – Pode falar.
- Eu não sou ela. – disse.
- Ahn?
- Eu não sou ela.
- Sim, eu sei disso... mas...
- Não. – protestou – Não sabe.
Apoiou a cabeça na quina da porta, escondeu as lagrimas quentes que agora caíam.
- Eu não sou ela, entendeu? Eu não iria te machucar. Bem diferente do que você faz comigo. Eu nunca ...
- O que? – perguntou ele.
Ela o encarou.
- Eu nunca te abandonaria por tão pouco.
Ele colocou as mãos nos bolsos, a procura de um cigarro que não acenderia.
- Eu nunca quis que você fosse ela. – respondeu por fim.
- E eu nunca disse que você quis.
- Então... O que você quer com isso? – perguntou ele. – Quer que eu me ajoelhe aqui, te peça desculpas até 2035? Quer que –
- Tudo que eu quero é o tempo que eu perdi com você. Essa infelizmente é a única coisa que você não pode me dar. Sabe o que eu quero também?
- O que? - perguntou ele.
- Uma chance com a vida.
Ele a olhou no olhos.
- Voce não quer ser minha chance?
Ela queria .
- Eu tentei. Todos os dias. Todos os segundos. Mas não existe nada que eu possa fazer por você - pra tentar apagar essa marca que você tem – que você já não tenha me garantido de alguma forma que não vai funcionar. Não importa quantas vezes eu ceda, recomece. Dê sua chance. Voce nunca vai achar que é o suficiente.
Ele a encarou. Passou a mao por seus cabelos molhados, beijou sua testa. Demorou um pouco mais do que deveria, queria que ela sentisse seus dedos depois que ele a largasse de vez. Porque não haveria volta.
- Posso te fazer uma ultima pergunta? – falou ele.
- Pode.
Se afastou dela. Chamou o elevador para o sexto andar.
Andar um.
- Se eu dissesse que te amo, o que você faria?
Dois.
Ela continuou encarando o chão, sabendo que a voz dele naquela frase soaria pra sempre em sua cabeça. Ela nunca esqueceria.
Três.
Ele continuava a esperar por respostas. Os segundos não passavam. Ela continuava a olhar para o chão.
Secou os olhos.
Quatro.
Ela tirou a chave da maçaneta, trancou a porta.
Colocou sua mao no pescoço dele.
O beijou.
Ele a apertou com força contra seu rosto, não queria que ela saísse.
Alguem abre a porta do elevador no cinco.
Ela o larga.
- Responde – pediu.
Sexto andar.
Gente esquisita dentro do elevador.
Ele continua parado.
- É melhor você ir – falou ela.
- Responde.
- Vai... – pediu.
- Fala, por favor. – protestou. A porta do elevador novamente se fechava. Ela segurou a tempo, abriu pra que ele entrasse.
- Entra vai... – pausou. – Nao posso te consertar. Nao importa o que eu faça... vou sempre conseguir ver essa marca que voce tem. Fico pesando o que importa mais, o que eu precisaria que voce me dissesse que talvez ajeitasse o que tá quebrado entre a gente... Mas eu vou sempre ver a marca disso também. – falou. – Vou sempre lembrar tudo o que você me disse. Sempre lembrar que por mais que eu te de valor, nada disso vale a pena se é pra ser sozinha.

Ele a encarou.
Perdeu todas as falas.
Entrou no elevador.
A porta começou a se fechar devagar, e a luz calmamente se dissipava pela escuridão daquele poço.
Ele havia ido embora. De vez.


Acorda com um barulho.
Olha pro lado e vê o corpo estendido dele ao seu lado na cama a qual ela chorou por boa parte da noite, por todas as verdades que ele havia falado.
Ainda assim ela passou a noite. Queria que ele se desculpasse, mas isso não aconteceu.
Se levantou do quente da cama desfeita, começou a recolher suas coisas. Eram tantas...
Tomou coragem pra ir embora.
Pra nunca mais voltar.
Olhou uma ultima vez pra ele, que dormia em um sono tão inocente, e bateu a porta.
Resolveu descer pelas escadas.
Respirou o ar gelado da manhã.
Foi embora.
Ficou pensando no sonho que teve, um que pela primeira vez, ela se dava o valor que merecia, e não ficava esperando que alguém aparecesse sentado na beirada da sua cama, pedindo desculpa por simplesmente não sentir o que ela já não conseguia evitar pensar.







(escrevi esse conto a um tempao atrás, me achei na vontade de terminá-lo hoje, por razoes de compromisso blogal. Espero que voces gostem, semana que vem vou - de vez - colocar um pedacinho da minha historinha tao amada aqui, aquela que eu prometo a seculos. beijos queridos! (e para comentarios quaisquer - pra minha felicidade - é só apertar no desenho ddo lápis abaixo!))

segunda-feira, 7 de junho de 2010

On Call com o Devil

Não vou nem citar o tema de hoje, porque eu não quero que ninguém saia correndo (no caso, feche a janela do blog) com medo de morrer de tédio com minhas divagações. Não que eu me ache na necessidade de falar sobre isso (diferente dos outros posts, que definitivamente nasceram para serem especulados e debatidos), mas como o tema de hoje é exatamente sobre ______________, esse post em si já entra pra essa desafiadora lista. E precisei de uma extensa pesquisa de campo para descobrir os mistérios que isso tudo envolvia.
Pra variar não entendi nada, mas a intenção foi boa.
Então, sem mais escapatórias, agora que já consegui te convencer a ler 113 palavras desse texto (literalmente), o grande tema de hoje são as Maldades do Mundo (e esse texto bem do non-sense vai para minha querida Adriana).

E de maldades, diga-se de passagem, eu entendo bem. Entre maltratar e ser maltratada, xingar, aproveitar com gosto todos os suculentos bifes que comi durante a minha vida não vegannesa (minha maldade pessoal com as vaquinhas do pasto), a maldade numero 12 (é, não se maltrate com a pergunta do porque diabos essa é uma lista de 12 itens) vai especialmente para os filmes tetricamente emocionantes da Disney e Pixar que sempre fazem rever meus atos porcamente capitalistas e maldosos, e me deixam jogada em muitos cômodos aleatórios chorando que nem um bezerro. Não curto isso. Não curto meu inconsciente sádico querendo resgatar o Nemo, ou querendo que a Boo fique pra sempre com o Mike. Gosto muito menos do fato de que eu realmente curto o Sulley, que é um vilão e eu supostamente deveria detestá-lo , e não só porque ele é um monstro-lagarto-salamandra muito do style.

O numero 11 dessa lista dispensa comentários, até porque apesar de engraçado, Felipe Neto é maldoso. E brega. Então merece ser banido da lista dos comediantes bacanas tipo o Fábio Porchat, que como eu entende bastante de maldades, como por exemplo, sua relação com a Net ().
Dica para Felipe Neto: pare de gravar vídeos de óculos escuros. Isso não te favorece.


A maldade número 10 de minha lista vai para aquelas pessoas que já nasceram bonitas. Digo, BEM bonitas. Aquelas que não precisam de chapinha, corretivo, cinta pra encolher a pança, que exibem pernas torneadas e estão 366 dias do ano bronzeadas. De sol.
Como de fato não faço parte dessa seita, e muito menos fui abençoada com a dispensa por qualquer um desses itens, desisti desse processo de embelezamento quando eu tinha aproximadamente 3 anos e a Xuxa Rainha Dos Baixinhos não me escolheu para brincar de ‘’Xuxuxu Xaxaxa’’ no palco do programa dela. E sim, sou bastante satisfeita com meu lifestyle de ‘’sô feia mas to na moda’’ (com a pequena observação de que eu não estou na moda).
E eu não vou nem comentar sobre os homens bonitos...

Já a maldade numero 9 senhoras e senhores, apesar de que atual ambição de vida dos adolescentes da sociedade brasileira é nada mais nada menos do que ser hippie/alternativo/indie/cover da lady gaga/ seguidor profissional dos colírios da capricho/ graduado em ser exculachador do restart /poeta beat/pintor/estilista/paris new bff, apesar de todo mundo querer ser alguma coisa muito cool, a verdade é, todos queremos ser RICOSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS. E o fato de não sermos é uma maldade.

A maldade número 8 reúne todo o mau humor da nação quando só pensamos em pensar em tocar no assunto: para todos aqueles que comem que nem porcos e não engordam, UM SALVE. Vocês são ídolos eternos e gostaria de ser sua amiga. Meu telefone pra contato segue no final do texto (que provavelmente você já parou de ler).

Já a 7 (e pra mim um de importante peso nesse texto) é TER DISPOSIÇAO PRA FREQUENTAR UMA ACADEMIA. POR QUÊ??????????????????????????????? FILHA, VAI LER UM LIVRO, TOMAR UM SORVETE, COMER UMA BUXADA DE BODE, ASSISTIR EXPRESSO DA MEIA NOITE, QUALQUER COISA, MAS CASO VOCE NÃO SEJA UMA PANICAT, NÃO ME VENHA DIZER QUE CURTE ACADEMIA. Porque a grande maldade de ir a uma academia é sempre deparar com alguém way more sarado que você. A mim, por exemplo, só no meu andar consigo citar 467 pessoas com a bunda mais dura que a minha, mas isso porque eu resolvi abstrair a vida, curtir a vibe e esquecer que existe uma coisa torturante chamada AULA DE LOCALIZADA.
Pesquisas confirmam que foi Satanás foi o primeiro aluno assíduo dessa aula.

6a maldade da vida são pessoas que desafiam a paciência de seus followers (como eu) e twittam em uma quantidade desnecessária. Ah, e nada que seja de muita utilidade para a cultura brasileira.

5a maldade são aquelas pessoas que bem diferentes de mim twittam de menos, e são exatamente as pessoas que eu gostaria que twittassem mais vezes porque eu sou mega stalkerrrrrrr e esses imbecis me levam a loucura fazendo com que eu precise procurar informações avulsas em outros meios de comunicação.

Essa 4a maldade é mega interessante: Taylor Lobo, Nathan Followil, Joseph Gordon-levitt, Robert Downey J., Alex Turner................... Acabo por aqui. Você já deve ter entendido.

3a: festa JULHINAS. Porque não satisfeitas em já ocorrerem em junho, engordar a minha pança quilométrica com todos os doces toscos existentes na nação, NÃO SATISFEITAS, ainda se estende por julho, agosto, setembro... Se bobear até no meu aniversario em fevereiro eu to engolindo tapioca como se fosse água.

2a: Criar expectativa com qualquer coisa.......... E cair de cara. Isso até merece ser divagado, mas citarei apenas (como prova de meu comprometimento com minha promessa blogal) um exemplo singelo de que você pode estar esperando ganhar um pônei de aniversário de 14 anos. Porem sinto em te informar que seu pai achou a idéia de te dar uma galinha fantasiada de pônei, mais espirituoso. Pai legal o seu.

1a: QUE RUFEM TAMBORES.
A primeira posição denomina-se: VER SEU OBJETO DE DESEJO COM ALGUEM QUE PODE SER DESCRITA NO ITEM 10 DESSA LISTA.
Bom, recentes experiências comprovam que no mesmo final de semana que você termina seu namorado porque está em processo de superação de outro, maldades são estimuladas com mais afinco, como por exemplo, esse OUTRO aparecer com OUTRA que não é a OUTRA de 2 dias atrás e a qual você já até aprendeu a lidar, e sim uma NOVA OUTRA que eu não faço a menor idéia de que cú seja.
SHOW.
Se você passou por isso querida, meus pêsames. Fiz uma promessa no blog, e não posso falar que passei por isso também. ME LIGA E A GENTE GRITA (um rap) JUNTAS!!!!!!

Sabe,
Isso tudo foi como ir a igreja e se confessar.
Me mande sua maldade preferida, e compartilhamos nosso humor satírico.
BEIJAS PRA VOCE COLEGA.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

A TUA PISCINA TÁ CHEIA DE RATOS, MEU FILHO

Ontem quando deitei (mais uma vez, hahaha é impressionante como a inspiraçao só vem quando eu vou dormir) minha cabeça foi a mil com um tema nao tao conveniente. Desde meu ultimo post, fiquei pensando na infinidade de coisas as quais eu poderia escrever sobre, mas nao fazia a mais remota ideia do que poderiam ser. (Isso porque se voces nao repararam, EU FIZ UMA PROMESSA NO ULTIMO POST. Beijos)
Prometi que só iria falar de coisas positivas (ou seja, qualque coisa que nao mencione AQUELE assunto, já é demasiado positivo), mas eu estou tao acustumada a falar de meu ex-sofrimento-sarcastico que soa até estranho. E em geral diga-se de passagem que sou uma pessoa bem feliz. Até demais.
Com esse dilema, me encontrei questionando minha intensidade. Uma palvra nao só em si intrigante, como envolve um milhoes de sentimentos paralelos, alguns que muitos homo sapiens desconhecem (estou nesse bonde).
Aí pensei: ''Esse sim é um assunto que domino bem!!!! Porque a minha nao só me rendeu alguns sorridentes $$, como lido tao bem com ela (ou tao mal, depende do ponto de vista) que muitas foram as vezes que tornei-a uma fonte de inspiraçao, comecei involuntariamente a ''crescer'' as coisas e tirei proveito disso (leia-se que me fudi muitas vezes tambem).
Se voce nao entendeu xongas de pitibiriba até aqui, vou explicar melhor (mas sem muitos detalhes): eu escrevi uma historia. Cof, algo remotamente parecido com o que chamamos de... livro. É é é é... 580 paginas da reuniao sagaz de todos os meus sentimentos sobre uma pessoa que no longer existe. Acho que nunca de fato existiu, e sim um alguem tao bem trabalhado pelo meu inconsciente atormentado e intenso que nao passou de um sonho bem do doido. Ou uma realidade bem próxima (essa explicaçao é meio relativa se voce sabe a real versao dos fatos).
Do mesmo jeito que encontrei um produto positivo para engajar meu temperamento, muitas vezes eu me sinto que nem cego em tiroteio (coisa tipica nojenta adolescental), minha sensaçao de sufoco é tao louca que eu realmente por alguns segundos desaprendo a lidar. E eu tenho até uma estratégia contra mim mesma!!!! Sou praticamente as forças armadas no iraque da intensidade (alias, essa foi uma frase intensa).
Acredite colega, tudo pode começar com um comercial de fraldas, propagar para uma musica (nessa hora voce pensa: ''típico..''), a cena de um filme, um sonho, uma foto. Quando eu vejo já estou completamente entregue a droga do momento, minhas orelhas literalmente começam a arder de afliçao de mim e sempre fico a um segundo de chorar que nem um bezerro, mas nao choro. Engulo aquela uuuurrg e levo adiante: a vida nao pode ser assim.
A lágrima em si é o maior e melhor reflexo de nossa intensidade.
A gente sempre acha que chora pelo momento, pela situaçao, mas nosso consciente relaciona mil outros fragmentos e fraturas iguinoradas ou engolidas, e aquelas gotinhas se misturam com tudo o que foi guardado e de repente saem em uma quantidade proporcional ao nosso aperto.
O fato de acharmos que ''superamos'', já é um sinal de que aquilo ainda paira no pensamento. Porque convenhamos minha filha, ninguem que realmente supera alguma coisa pensa/fala: ''UHUUUULLLLLL SUPEREI GALERAAAA''.
Quando acontece, e nem vem discordar de mim, a gente nao pensa nada disso.

Entao entre nao pensar e ser intenso, é tudo uma questao de dia e humor pra mim. Hoje por exemplo estou em um dia apático drogado sonolento como os outros 200 que passarei durante o ano. Já nos 165 dias e 6 horas restantes, estarei/estive a ponto de quebrar minha televisao com meu crânio, tudo porque eu sempre quero MUITO entender (isso consiste tambem em achar uma cura) o que se passa dentro de mim mas esqueci de comprar a droga do meu manual de instruçoes.

CONCLUSAO (hora dos ebas alheios): Ser intenso muitas vezes pode ser o fim da picada (pode acabar com seu romance antes mesmo de começá-lo, pode fazer voce considerar suicídio mental e social por adorar odiar seres humanos, pode fazer voce acabar aumentando tudo e todas as situaçoes involuntariamente, pode até fazer voce achar que provavelmente vai cair dura que nem pedra de tanta saudade que voce sente de alguma coisa, quando todo mundo - e até voce - sabem que voce vai sobreviver..) mas tambem pode ser muito bom, pode até te fazer um bilhonário como a stephanie fucking mayer!!!!!!!!!!!!!!!!


O lado positivo da questao ocasionalmente aparece pra mim (só quando estou no meu dia apático - o que repare: eu estou) e isso é bom, legal, e nada intenso.




''Disparo contra o sol, sou forte, sou por acaso. Minha metralhadora cheia de mágoas, eu sou um cara.''

















ENQUETE AMINAL:
PONHO OU NAO UM CAPITULO DO LIVRO AQUI?
COMENTEM PORRRRRRRRRR

terça-feira, 25 de maio de 2010

Me voy bien, gracias

Fiquei horas digitando um post pra essa semana, e quando acabei, mudei de idéia completamente sobre posta-lo. Decidi criar esse aqui e adiar o outro, afinal ainda não está na hora de mudar de assunto, pelo menos não pra mim: acho que só vou deixar de vez pra lá quando cansar de vez. E acredite querida, não estou longe.
O fato é que ontem, plena segundona de sol e frio, cheguei a algumas conclusões que preferia ter deixado quieto lá no fundo de meu subconsciente obscuro. Hoje vim falar de semelhanças, uma coisa que me desagrada tanto quando matte com limão e Banda Calypso.
No dicionário, semelhança está descrita simplesmente como ‘’qualidade de semelhante; parecença’’. Mas na minha grande sabedoria, eu vejo semelhanças como o componente principal para DESASTRE.
Veja bem, já dizia o zodíaco que pessoas de mesmo signo ou se dão muito bem ou querem se matar. Matar ou morrer, tão ridiculamente compreensível como atirei-o-pau-no-gato. Porém, se expandirmos nossos horizontes conseguiremos compreender a minha (!) pobre situação. Ou não.
Toda semana eu venho aqui, decupo toda a minha frustração por ter perdido (ou nunca ter realmente tido) a chance da minha vida com o garoto da minha vida que agora resolveu virar tapete persa pra uma imbecil de quinta pisar sem dó nem piedade (HAHAHAHHAHA, EU FINGINDO QUE TENHO PENA DELE). O engraçado nessa historia – porque é sempre bom olhar o lado positivo, pessoal- é que ele deve vir aqui toda semana e passar mal de rir as minhas custas. ha ha ha


Mas antes dessa segunda feira de calor e frio, eu nunca tinha DE FATO entendido porque diabos, demônios e satanás do mundo, PORQUE, de 180 milhões de habitantes, eu gostava logo DELE. Mais frustrante que toda a minha comum e rotineira frustração é que ao deitar minha cabeça ontem no meu travesseirinho fofo, é que a resposta para o problema da minha vida, veio.
Para meu mundo de dúvidas, essa era a mais freqüente. Parecia complexa demais, por isso empurrei com a barriga por tanto tempo.
Essa resposta tão infinitamente quântica dura aproximadamente 1 segundo e meio de nosso pensamento lógico até absorvê-la, 3 palavras, 5 sílabas, 13 letras e irrita: Ele me entendeu.
Por cada segundo de quando tudo era bom ele me acolheu, riu, concordou, fez com que eu me sentisse menos sozinha, e de todas as milhões de justificativas que eu pareço ter para puramente odiar amar cada célula escrota dele (e todas sabemos que é porque agora ele caga pra mim, dããããw), encontrei a única boa contradição que foi o suficiente pra matar a minha pobre tese: companheirismo. E quando isso acabou, quando ele já não se importava mais em gostar de mim do jeito que eu sou, a historia parou de soar bonita e de novo, a incompreensão voltou. OHH, o mundo novamente não parecia me entender. Mas a verdade era que eu gostava demais que ele me entendesse e defecava pro que o resto pensava. Afastou-se. Afastei-me. Logo a pessoa que eu mais queria motivos para estar perto.

Ah! E não pense que isso foi um empecilho que fosse me fazer desistir de trazer ele pra perto novamente. Nananananão. Eu tentei tudo! Skype, telefone, MSN, força do pensamento, atabaque, encontros em padarias, festas, ruas desertas e até pra outro país eu resolvi ir a fim de aproveitar os segundos que me foram concedidos. Tanta capachice que até me enjoa (nessa hora eu fingo que estou contando a historia de alguém que eu conheço, e não a minha própria, heheh). Magoei demais a pessoa que mais merecia o meu valor por esse capricho que a ‘’outra’’ já me tirou faz tempo: só e simplesmente provar que eu conseguia estar na frente dela.

MAS ONTEM, segunda avulsa na vida, depois de escutar sobre ‘’tartarugas paraguaias daquele time de mierda’’ (ok. Agora ele fatalmente vai saber que é pra ele) depois da meia noite (e minha paciência já tinha ido dar uma volta de lancha em júpiter) e quase começar a chorar que nem um bezerro porque eu realmente doloridamente não agüentava mais de saudade dele e não queria sentir isso (!!!!), depois disso tudo, escutei ele dizer uma única frase, a única aparentemente capaz de afundar tudo o que eu sentia por ele (que era tão real quanto o fato do Adriano cheirar cocaína). Quem escutou nosso papo racional de fora, não entendeu chongas, mas estalou na minha cabeça na hora, meu bem.
Ele teve a audácia de duvidar da resposta lúcida que eu dei a ele.
Senta lá, querido.

Ele parou de me conhecer de verdade (He, porque antes ele fingia e eu acreditava). Quando eu saí de perto, com a sensação mais libertadora da década, tive a certeza absoluta de que nunca mais viria a esse blog procurar um porque que eu não fui ‘’boa o suficiente’’ pra ele, quando na verdade o padrão que ele exige é tão decadente que eu realmente sempre me acharia inferior, sem entender.
Também nunca, nunca mais virei aqui falar dele.
Tem certas coisas que não merecem nem minha meia dúzia de embolação aqui.
Desculpe quem gostava desse assunto, mas lavei minha alma meus amores, agora eu só falo de coisa prafrentex!
OVERRRRRR, adiós muchachas.

domingo, 16 de maio de 2010

Hanging so high for your return

Esse deve ter sido o provavel melhor final de semana da minha vida. Isso é bem forte e sério, comparado ao final de semana que eu citei em um outro post, um que foi igualmente muito bom. Recapitulando, dormi e acordei pensando naquele beijo imbecil que nao era pra ter acontecido, mas aconteceu. E foi pro bem, eu acho: depois de algumas noites que eu sonhei com ele e com o que eu ainda queria dizer, cessou. A minha vida tinha entrado finalmente no eixo, e agora era tudo novo, eu poderia começar do zero sem levar esses probleminhas pra frente.
Depois do beijo, eu simplesmente nao conseguia pensar na outra pessoa, que convenhamos tambem é um puta problemao, mas um que eu sei que fui EU que criei. Achei que tinha sido um presente de Shiva, sei la, uma bençao. E ai me pergunto: porque existem musicas as quais esses momentos se apegam? Que por alguma razao, mesmo que nem estejam tocando na hora, te lembram de tudo que passou? Dessas que te sufocam, que sem querer te levam pra outra dimensao, te fazem lembrar daquelas coisas boas, fecham seus olhos instintivamente, aquelas musicas que voce jura que está vivendo tudo de novo. Nao que viver de novo seja bom, mas... tá, seria bom.
E toda vez que essas musicas tocam eu lembro que eu queria estar vivendo uma vida onde eu me ponho em primeiro plano. Uma que eu possa superar, e nao voltar nesse assunto de vez sabe? Porque eu fico com ciuminhos bobos ainda, fico desejando que... que ele fosse alguem pra chamar de meu. Mesmo depois do beijo com o problema numero 1. Mesmo depois de tudo que eu ja sofri e suportei. Ainda assim fico que nem uma idiota escutando musicas idiotas e lembrando de coisas idiotas nossas, e pior, curtindo. Curtindo a sensaçao que minha cabeça tem de estar literalmente, sonhando. Porque é isso que minha relaçao com ele é: um sonho. Nunca existiu de verdade. Foram meses e meses de um romance que a gente inventou mas que nao passou disso. Nunca nem colocamos a vontade necessaria pra que desse certo, tinha sempre um se esquivando. As pessoas estao constantemente fora de sintonia, e isso é tao triste. Porque amar deveria ser reciproco pra todo mundo, e nao um sofrimento, um martírio.
Eu nao quero amar se for pra ser uma tortura. Eu nao quero nem acreditar em amor.
Ele diz ter todas as respostas pro ritmo acelerado onde tudo deu errado, mas eu só vejo uma pessoa tao perdida quanto eu, definhando de amores por um outro alguem que tambem está fora de sintonia. Nao consegue fugir dessa realidade. Minha realidade por ele e a dele por ela. E COM CERTEZA a dela por outro.
Nessas horas eu lembro que eu me importo demais. Eu deveria deixar pra lá, focar toda essa frustaçao em um outro assunto, mas sabe porque que eu simplesmente nao consigo? Porque quando a gente ama alguem de verdade, toda vez que vemos ele sofrer é como se um zilhao de facas entrassem devargarzinho na nossa pele, e pra mim isso é o pior que pode me acontecer. Eu quero ele feliz, mesmo que esse feliz nao seja comigo. E eu sei que eu faço um outro alguem sofrer, um alguem way beyond mais perfeito que o meu grande problematico amor, mas nao omiti dele minhas condiçoes atuais. E eu sei que ele pensa da mesma forma que eu, me quer feliz.

Entrei ontem na festa e começou a tocar uma musica (A musica) que mais me lembra ele. Foi numa tarde maravilhosa, ele sorriu lindo, e naquela maldita hora eu SOUBE que nao teria volta e que eu estava nessa pra valer. Naquela maldita hora eu caí de amores por ele e a musica tocou. Um pedaço dela anda comigo todos os dias dentro do meu amuleto pra que eu nao esqueça que essa é uma coisa que eu nao posso controlar. E no dia que eu abrir mao desse maldito amor, eu vou esquecer o que tá ali dentro.
Nesse dia eu vou gostar muito mais de mim, nao deitar toda noite desejando sonhar com ele, nao ver o sorriso dele por aí, vou estar realmente segura do meu psicologico doentio de mim. Estou de saco cheio de mim.



Chá da Alice, mágico. Fiz esse texto mentalmente lá quando escutei a música, e lá perdi meu amuleto. Hora de deixa-lo (de vez) pra trás.



'Give it up, I can't give it up'





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quinta-feira, 6 de maio de 2010

Entre muitos sorvetes e clarabóias

Os grandes acontecimentos do final de semana pareceram dar uma guinada de inspiração em mim. Fico aqui tentando medir palavras, mas de um jeito ou de outro preciso acabar soltando o verbo.
Alguém já teve a impressão do cosmo estar TOTALMENTE conspirando contra (ou a favor) de você? Como por exemplo, tudo aquilo que você faz uma força surreal pra esquecer, mas no final de cada verso de todas as musicas que tocam (juro, parece até que Iláriláriê tá te passando uma mensagem subliminar) parece que estamos presas a essa corda imaginária que instantaneamente nos leva a aquela nostalgia. A lembrança fica impregnada que nem caspa em cabelo sujo.
Liga a televisão: ‘’ahh, esse foi o ultimo filme que vimos juntos’’ (passei por isso essa semana), passa por uma quitanda de sorvete: ‘’ahh, o ultimo sorvete de abacaxi com brócolis que eu tomei foi com ele’’, passa por uma praia: ‘’ahh, ele se afogou aqui uma vez’’, pela sua casa, sua varanda, sua cozinha, sua cama quando ficaram vendo as estrelas pela clarabóia (tá, eu não tenho uma clarabóia, apesar de querer mttttttttttt), tem gente que até no banheiro lembra (o que não é o meu caso). E aí quando a gente fecha os olhos, mega feliz que vai poder dormir, fugir desse ciclo e só lembrar tudo de novo na manha seguinte, TCHARAM! Você SONHA com ele!
TEM ALGUM LUGAR QUE VOCE DEIXOU DE FORA DO SEU VUDU, MEU FILHO????? Algum lugar que eu te fato tenha um minuto de paz (isso consiste em parar de ver o seu sorriso idiotamente bobo lindo em cada esquina do meu bairro)?
Queria ter toda a força necessária para culpá-lo do meu psicológico arrasadoramente saudoso, mas la no fundo do meu black hole, eu sei que meus poros amam cada vestígio de lembrança, dessa sensação nostálgica de passado bom, como se a qualquer momento ele pudesse aparecer em uma nuvem montado em um cavalo branco pra que de fato o meu dia não passe de uma memória, e sim de realidade.
Tem dias que eu fico mongando, escutando aquela interminável playlist que me lembra coisas antigas, e tem horas que eu duvido da minha sanidade porque eu posso jurar que eu to vivendo tudo de novo! MEDO BEIJOS.
E O CHEEEIIIROOOO??????? Cara, cheiros foram criados pelo demo. Ainda mais quando dentro do seu armário 24 horas por dia, 7 dias na semana, o perfume que você (e ele) usa te encara.
Acho que fiquei paralizada nisso, MAS ONTEM estipulei uma meta pra minha vida (que parece estar funcionando a principio porque eu já to ate meio puta de pensar nele): para cada suspiro de pensadinha em qualquer coisa que envolva essa segunda pessoa, preciso escrever 10 vezes em um papel ‘’XÔ URUCA’’
MINISTERIO DAS DESOCUPADAS ADVERTE: para total eficácia do experimento é necessário comprar antecipadamente uma caixa de canetas bic, abastecer-se de paciência, e principalmente, repito, PRINCIPALMENTE não escutar NADA que envolva Stereophonics. (também apague do seu celular o numero do telefone dele) (mesmo que você saiba de cor) (isso também não é o meu caso).
Dessa maneira, não se preocupe: sua boca ocasionalmente vai sentir falta dele, seus braços irão se tornar inúteis por um curto período de tempo, porém viveremos em um mundo de tranqüilidade e paz de espírito e adiquiremos ate a capacidade de encontrarmos esporadicamente com ele na rua sem ter vontade de ejetar seu coração e pâncreas pelo nariz.

Eu sou tão romântica!


Nota da autora (ecou): depois de escrever esse post, serei obrigada a reperir 12 mil xô urucas por todas as pensadas que dei nele. Previna-se colega!





''I've said too much, I haven't said enough

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Mais uma vez, Phil Collins.

Já citei aqui antes que ‘’in the air tonight’’ resume minha relação com uma certa pessoa. Cada fragmento daquela musica me remete a ele. Ou melhor, a nós. Posso citar todas as musicas que colaboraram para que eu escrevesse Aconteceu no Outono (SAP: uma de minhas historias chatonildas), mas como sempre, sobrou para os compassos de Phil Collins a parte mais crucial. E also minha parte favorita.
No sábado relembrei cada razão de ter escrito aquelas 437 paginas. A gente nunca espera pelas surpresas malignas do destino, e eu fui literalmente pega desarmada, completamente indefesa, pela exata mesma pessoa a qual me inspirou escrever cada sílaba dessa historia. Nossa historia.
Ele chorou, eu chorei, todo mundo chorou, finalmente depois de muitos meses de espera pude falar tudo o que estava engasgado na minha garganta, e tirei a jubarte que se alojou sobre meus ombros. Tudo que eu queria verdadeiramente era que tudo se resolvesse para o bem. O meu, de preferência. E o meu bem consistia em uma exigência simples, a qual por mais que meu lado emocional se negasse a aceitar, o racional lutava pra conseguir: em prol de nossos pobres corações ciumentos, chateados, inconformados, e do meu eternamente apaixonado, a nossa historia se resumiria a partir de agora só naquelas 437 paginas, e que a partir do momento que virássemos as costas, não haveria volta.
Isso me mata. Só o pensamento já me faz soluçar. Mas, como sempre, precisei deixá-lo ir, se não eu idiotaria por ele até meus 35 anos. A única pessoa que em 17 segundos consegue partir meu coração de 828 maneiras diferentes. Uma pessoa que consegue ser irmão, melhor amigo, filho, ladrão da minha paz, e só a pessoa por quem eu mais me perdi. E sem ele, também me perco.
Uma década disso, tá de bom tamanho.
Um dia eu me curo, boto fé no meu potencial. Hahaha, a verdade é que (e eu até citei isso via twitter) tirando a parte realmente errada em fazer (e querer fazer) isso, (digo, no meu caso), ficar com o possível amor de nossas vidas é fáaaaaaaaaaaacil.
Depois do ultimo gay abraço, do ultimo gay ‘’eu te amo porra’’, das minhas felizes ultimas lágrimas que graças a deus consegui me controlar em não soltar, e ele foi embora com os pés sujos de terra pra encontrar com o bode expiratório do nosso grande problema, eu liguei o ipod no aleatório, e adivinha quem veio me dar um hello? Mi casa ES su casa, Phil


''Take a Look At Me Now

How can I just let you walk away, just let you leave without a trace
When I stand here taking every breath with you, ooh
You're the only one who really knew me at all


How can you just walk away from me,
when all I can do is watch you leave
'Cause we've shared the laughter and the pain and even shared the tears
You're the only one who really knew me at all


So take a look at me now, who has just an empty space
And there's nothing left here to remind me,
just the memory of your face
Well take a look at me now, who has just an empty space
And you coming back to me is against the odds and that's what I've got to face


I wish I could just make you turn around,
turn around to see me cry
There's so much I need to say to you,
so many reasons why
You're the only one who really knew me at all


So take a look at me now, who has just an empty space
And there's nothing left here to remind me, just the memory of your face
Now take a look at me now, 'cause there's just an empty space


But to wait for you, is all I can do and that's what I've gotta face
Take a good look at me now, 'cause I'll still be standing here
And you coming back to me is against all odds
It's the chance I've gotta take''

sábado, 1 de maio de 2010

Olho Mágico

Antigamente eu não lá era uma grande amiga da minha porta.
Era um relacionamento conturbado, não muito sincero e baseado em 3 suspiros não tão esclarecedores.
Suspirava primeiro por um suposto conforto que me era necessário sentir.
Depois, pelo sorriso que estamparia meus traços, mesmo que este não fosse o mais verdadeiro dos sorrisos.
Chegando na terceira e pior delas, eu suspirava por minha sanidade, porque era de costume a porta me trazer visita quando eu menos precisava de amor. Afinal, quem precisa disso quando se é auto-suficiente e sozinha que nem eu?
Mas era ele que estava com os dedos em minha campainha, esperando o momento certeiro para um boicote de mestre, igualzinho a uma cobra Naja. O amor.
Que nem ela, a peçonhenta da Naja, de vez em quando eu o escutava dançar a passos leves uma melodia imaginária de flautas. E isso absolutamente acabava comigo... era perfeito demais pra que fosse real.
Meus braços e pernas vinham a semanas, meses!, sendo puxados como um ímã para perto da porta. E eu queria abri-la. Precisava abri-la. E ainda por cima, ERA REAL!
Então aconteceu da minha mente, corpo, porta e os benditos 3 suspiros me pseudo-dominarem em uma conspiração muito da bem sucedida, diga-se de passagem. Deixei os mantras, valores, cadeados e chaves perto do olho mágico para finalmente admirar com segurança aquilo que estive perdendo. E te digo que aconteceu tão rápido que eu mal aproveitei a superfície gelada da maçaneta sobre os meus dedos quentes, a muito tempo encarcerados.
Eu não olhei no olho mágico.
E naquele instante eu quis voltar atrás, me algemar no parapeito da janela e definhar até minha pobre morte. Pior que isso, eu consegui me ver no reflexo daqueles malditos olhos.
Eram eles lá, por trás da minha branca estúpida porta, e até Indiana Jones não encontraria plano B para esse infeliz momento. Eu já estava enlouquecida... e o veneno nem efeito tinha feito.
As roldanas na minha cabeça começaram a girar em sintonia com minha imaginária manivela, e bons frutos dali saíram, eu sei. Antes tarde do que nunca percebi que ao olhar pelo olho mágico a gente escolhe quem queremos ser ao abrir a porta. E não me restara alternativa a ser ‘’só eu’’, e ‘’só eu’’ nunca me pareceu proteção suficiente, ainda mais quando eu precisava de uma Hiroshima-Nagasaki da proteção. Eu precisava mesmo era que meu coração voltasse a bater.
Bom, pedi que entrasse.
Que se sentasse.
E que falasse. O que quer que o tenha feito vir me causar distúrbios.
E não, não pedi que me amasse pois sobre isso já não havia mais esperanças.
Escutei palavras surdas e mudas, completamente fora do meu padrão de compreensão. Acompanhei atônita muitas vezes o movimento de sua boca, mas não sei reproduzir as mentiras que dali saíram. Comecei seriamente a duvidar se algum dia por inteiro eu realmente, sincera e verdadeiramente, acreditei, compreendi, e principalmente entendi alguma sílaba daquela mesma conversa. E muito antes dele começar a pensar em parar, de repente, tudo ficou muito claro como névoa: Ele nunca fora o que eu achei que fosse.
E por mais tempo que me custou chegar a essa conclusão, tive uma imensa necessidade de rir da situação, coisa que eu não fazia a muito tempo por simplesmente não achar nenhuma graça no que a vida vinha fazendo comigo.
Tudo isso com certeza tirou o melhor de mim.

Mas eu ri, ri com vontade, tipo deboche mesmo, daquelas risadas se um pingo de vergonha na cara mas que tirou o peso das minhas costas. Ri da minha ingenuidade tão absurda, que mais do que nunca me pareceu certeira em seu objetivo: Me deu a mais dolorosa das lições, mas valeu a pena. E depois disso eu não conseguia mais escutar nem por um mísero segundo aquelas mentiras porcamente planejadas, ou fingiria ser capaz de evitá-las. EU SEI que não estava tatuado na minha testa ‘’o que os olhos não vêem o coração não sente. ’’ Porque eu não olhei no olho mágico, mas meu coração sentiu.
Suas mãos estavam em meus braços quando perguntou:
- O que houve?
- Comigo? – retruquei.
- É, com você. Com quem mais seria?
- Não... comigo não houve nada. - encerrei
Ele ficou lá, me encarando, e deu um sorriso pequeno como quem tem a dizer. As mãos saíram de meus braços e percorreram alguns centímetros até a minha nuca. Lá, ela ficou.
Aos poucos eu estava cada vez mais perto sem nem me dar conta de quanto tempo tinha passado desde sua última frase.
O calor dos 5 dedos ficou mais forte e ele me beijou. Tinha até gosto de coisa boa, de coisa nova, mas não me lembro de ter gostado. Não me lembro nem de como cheguei até ali, até aquele ponto. E não me lembro de ter sentido aquela sensação de transe que o olho, que era incrivelmente dourado por si só, me passava quando estava aberto. Vai ver porque estava fechado.
Mas não me lembro, mesmo.
E depois, a única coisa que não me esqueço foi de não ter olhado no olho mágico. E de não ter suspirado pelo conforto, sorriso e sanidade. Talvez eu nem tivesse aberto a porta se eu soubesse que perderia a vontade de ter comigo o dono dos olhos, mesmo que abertos ou até mesmo fechados.
Já não os quero por aqui.
Não quero precisar suspirar, planejar ou proteger. Quero ser ‘’só eu’’, ‘’auto-suficiente sozinha’’, pra que um dia eu possa achar um par de olhos absolutamente perfeitos e os quais eu não tema, não me apavore.
Porque sabe, hoje eu conto depois de tanto ter se passado, mas se de uma coisa eu lembro, o dono dos dourados nem olhou pelo meu olho mágico, mas infelizmente escolheu a pessoa errada para ser.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Roedores compulsivos de time machines

Passei essa ultima década que não vim aqui, remoendo (adoro essa palavra) a intensidade daquele buraco onde parece que meu coração foi parar.
Não sei por que diabos eu lido tão mal com qualquer espécie de sentimento, porque me acho enterrando bem lá no fundo de mim, e fico me suprindo de pequenas doses desse veneno patético (nusssssssss, que metáfora ridícula), tentando adiar o grande dia que eu vou simplesmente aprender a lidar com esse carma maldito e parar de querer chorar pelos cantos toda vez que eu escuto alguma musica que fala sobre voltar no tempo.
Afinal, porque a gente sempre acaba culpando o tempo?!?!
‘o tempo desgastou’ , ‘o tempo me fez esquecer’, o tempo, o tempo, o tempo. Eu odeio o tempo. Adorava detestar as pessoas – assassinas em massa de pobres corações necessitados de piedade – mas hoje em dia eu absolutamente amo! detestar o tempo.
A minha relação com o tempo é hilá-ria, porque NEM EU acredito na minha capacidade de ser imbecil: La estava eu, LITERALMENTE (leia-se: É A MAIS PURA VERDADE) doente de saudade de um certo projeto de homo sapiens que me consome que nem heroína misturada com crack, achando que (HAHAHAHHAH PRA MIM) não falava/pensava/falava com essa pessoa a 2 meses, e minha santa bicicletinha azul, quando eu fui contar de fato quantos dias tinham se passado (com a soberb ajuda do meu cabo de força Sr. Diário Zé), ... que rufem os tambores pra esse cavalinho máster do pânico na minha cabeça: Só tinham se passado 18 fucking dias.
Conclusao que eu tirei após essa descoberta de que não existe solução pra mim: O tempo é uma vadia mal comida.
CARA, eu juro (preciso continuar segurando nessa idéia antes que eu realmente considere suicídio, então mil perdoes pelo blablabla sacal): tava batendo no peito na primeira semana fatasiosamente achando que já tinha se passado um mês e que tava cagando demais pra a existência daquele e.t. na minha vida, huhuhu playson do esquecimento eu, mas o sonho durou pouco e eu não agüentei mais que essa uma semana (triste realidade).
O TEMPO SIMPLESMENTE NÃO QUER PASSAR PRA MIM.
O tempo com essa pessoa simplesmente me ensinou a ter cautela, acho que esse foi um dos poucos aspectos positivos. Levando em consideração que tudo aconteceu rápido demais entre a gente, não deixei muito espaço para a imginaçao duvidar que eu seria igualmente superada rápido. Mas como os ponteiros do meu relógio e os dias do meu calendário vivem em slow motion e num eterno rewind, fiquei pra trás. Meu lado racional raras são as vezes que me abandona até esse ponto estúpido. E eu continuo querendo poder dizer as 19 letras abençoadas de ‘’ o tempo me fez esquecer’’.
Percebi que os 18 dias foi tipo o meu máximo. Eu preciso receber uns chutes da minha realidade pra ficar com a pança cheia. Por um momento eu não conseguia acreditar em como era possível concordar em discordar com alguém, do mesmo jeito que eu não entendi como eu e ele éramos tão iguais e, no entanto, tão diferentes.
No lugar dela (A OUTRA), provavelmente não disperdiçaria a oportunidad de ser amiga do tempo, permaneceria por incontáveis horas na vida dele se eu pudesse esbanjar esse privilegio, porque mesmo concordando em discordar, acho que ela concorda comigo quando preferimos ser alguém, do quer ser reduzida a uma ninguém (qualquer semelhança do ‘’ninguem’’ comigo, é a mais pura coincidência, amigos! High Five! o/ )

Fica a dica coleguinha.








''E quando eu tiver saído para fora do teu círculo,
tempo tempo tempo tempo, não serei nem terás sido''

sábado, 13 de março de 2010

A voce, faker.

Entonces bloguinho abandonado.
Descobri nessa experiencia extra-corporea de blog, q aqui é realmente o lugar ideal pra falar de coisas tao irritantes que te da vontade de arrancar todos os cabelos do corpo com a unha. Acontece que eu to perto de ser comparada a um jumento de tao absurdamente covarde e imbecil eu sou. Deus, me explique: porque as pessoas pelam o saco uma das outras? Ou pior: tomam a atitude de fingir q tudo o que ela realmente é, é baseado no que voce vem dizendo durante toda a sua adolescencia colorida, mas que tudo o que isso envolve ela descobriu sozinha e é super descolada. Nao muda suas frases, atitudes e gostos. É como se desse um ctrl-c ctrl-v em tudo!
Ate ontem eu continuava a ser um pobre jumento em relaçao a essa patetica questao.
Mas o quao imbecil eu precisava ser pre chegar ao ponto de me irritar?
OI? EU TE CRIEI?
TUDO O QUE VOCE É EU QUE TE MOSTREI, SUA FED MASTER.
Entao nao tome creditos, por favor, pelo o que voce nao é mas aparentemente tenta MUITO ser. Porque o mais legal de tudo é a gente poder ser quem a gente sempre gostou de ser, e convenhamos q isso nao se encaixa muito a voce.
o pior de tudo, é q pqp, eu gostava de voce! hahahahah mas voce vem com esse papo de Morissey, Silversun, Ratatat, (tecla sap: palavrao) que EU ESCREVI, Circa, BLOG, Skins, tudooooooooo. Disfarça pelo menos querida. Porque copiar e colar o que eu escrevo nao ta funcionando pra voce. (nao reparem eu falando como se estivesse falando pra pessoa, é uma critica q esta me matando pra ser feita)





Agora q eu to menos histerica, desejo a essa pessoa, do fundo desse meu coraçao sensivel ate demais, que daqui pra frente ela assuma o seu proprio gosto, sua propria atitude. nao fique explanando o que faz ou deixa de fazer, porque nao é bacana.
Nao se baseie nas criticas dos outros, nem ache que é melhor nem pior, porque ate pouco tempo a retardada era eu, mas a moda mudou e agora eu ''arraso'' (ou sei la como chamam)(ahahhaha to meio narcísica hoje)
Eu ainda sou retardada. Aos olhos de quem ve, quem nao curte um funk no brasil ou uma ivete sangalo, nao se da muito bem. Nem por isso eu deixo de lado o que eu acredito e o que EU gosto.
Assume o que VOCE gosta.
O que voce é. O pior q pode acontecer é receber um post dedicado que nem esse, a voce.







''I don't wanna be anything other than what I've been trying to be lately. All I have to do is think in me and I have peace of mind. I'm tired of looking 'round rooms wondering what I gotta do, or who I'm supposed to be. I don't wanna be anything other than me''

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Do me a favor, Alex.

Oh!!! Abandonei isso aqui, drásticamente, sem pena. Queria ter vindo mais vezes, nao ter acumulado tanto material inútil de sentimentos frustados e engolidos, masss, o jeito é me conformar.
Aliás, acabei de ter a brilhante idéia de falar exatamente sobre isso: nos coformarmos.
Que assunto mala esse, mas o blog é MEU, e eu faço o que eu quiser.
Sendo assim, jesus, eu vou falar demais. Falarei até mais do que eu posso ou devo, mas tudo isso porque eu me acho em um estado de espírito muito jsahshdvjhasf (tecla sap: palavrao) com a sociedade, e só a vibe tem me ajudado (acho q reggae ajudaria tambem, se eu nao fosse uma addicted em musicas um pouco opostas).
Enfim, cá estou eu, numa tarde com cheiro de matinho, escutando uns ticos muitos de Alex Turner, e ficando MUITO conformada (porem um pouco deprimida) porque ele nunquinha na vida vai ser meu namorado. E eu so obcecada por ele e essa magreza sexy dele cantante de adolescentes florescentes e de (por favor) me faça um favor.
Agora me diga voce, nao te deixa mtttttt puto SABER (que é a pior parte) que voce nunca vai simplemente ficar no mesmo metro quadrado que esse tipo de pessoa q todos somos apaixoloves?
Pior do que isso, é enrolar sua cabeça com uma pessoa q é bem possivel, mais possivel q o normal até, mas tudo nesse mundo é tao complicado e maldito q só te resta a opçao de se juntar a ele. Ao mundo ocmplicado e enrolado.


Mas olhando pelo lado (super) positivo da coisa (e porque eu ja quero acabar com esse post porque eu to tendo um bloqueio de inspiraçao patetico): domingo vendo o bat for lashes tocar vai tudo se resolver. Tudo que me faz sofrer vai ficar pra tras, morrer num passado feio e chato q eu nao vou querer visitar nem em lembranças. Domingo eu
vou ter a sensaçao de poder viver em paz, sem neuras, só feliz. De uma vez por todas.
Porque quem nao me quer e quem me odeia e quem aaarrg, que se foda, nao é assim?
Eu tambem nao quero ninguem, odeio todo mundo e vivo muito bem sozinha. Nada do que a vibe nao resolva na minha vida, suckers.




''And she walked away, well her shoes were untied,
And the eyes were all red,
You could see that we'd cried, and I watched and I waited,
'Till she was inside, forcing a smile and waving goodbye.''

domingo, 3 de janeiro de 2010

Rusted Wheel

Tive uma noite muito remexida, que ficou me importunando até que eu acordasse de uma vez e deixasse os sonhos em paz, pra uma outra noite qualquer.
Geralmente eu sonho com alguns problemas, ou coisas que eu ainda quero resolver. Fico adiando tanto que ate na hora de dormir essas coisas nao me deixam em paz.
Na verdade, eu só fico muito feliz mesmo, quando eu sonho com alguma coisa semelhante ao que sonhei a algumas noites atras: depois de meses pedindo pra ter o remake de um sonho absolutamente perfeito que me ocorreu (infelizmente só em imaginaçao), tive uma versao nova do sonho antigo.
Em um dia de outubro, acordei querendo nunca ter acordado, e só o fato de eu ter tido esse pensamento, ja me assustei. Tudo que eu queria era fechar o olhos, e voltar pra dimensao que eu estava, e continuar ali, independente do despertador estar tocando e ter uma escola no recreio dos bandeirantes me esperando.
No sonho, eu só precisava vestir aquela blusa colorida que ia até meus joelhos, e continuar andando atras do que eu tanto procurava. Eu tinha certeza que encontraria ate o final do sonho.
Entre me perder da minha amiga igualmente descalça que nem eu, e escutar musicas que antes de acordar eu nao fazia ideia da exixtencia, o sonho ficava mais nublado e frio, e eu cada vez estava mais ansiosa para achar aquilo que eu parecia procurar porque de uma maneira meio doentia, eu precisava disso pra coseguir aproveitar completamente aquele transe que estava acontecendo bem ali na frente dos meus pobres olhinhos: uma aglomeraçao de pessoas, todas com o mesmo proposito em escutar aquela musica loooouca que saia dos auto-falantes. Mas nao importava o que eu fizesse, e eu nao estava exatamente fazendo muito alem de olhar por todos os lados, eu nao o encontrava.
O sonho antigo (como ja se é de imaginar) terminou com o par de braços que eu tanto amava em volta de mim, desligando o comando de ''continuar sonho'' dentro da minha cabeça, porque ate ali ja estava aparentemente bom o suficiente para uma noite de sono.
Terminou mais do que perfeito: descobri que o que eu queria encontrar era na verdade aquilo que me completava, que tambem podemos chamar de o-dono-dos-braçinhos.
O sonho novo entao veio remexer nisso, que eu tento todo santo dia esquecer como foi bom, começando extamente da onde o sonho antigo terminou, e ficando parado nessa cena, sem nos mexermos: sei lá por quantas horas eu dormi, só ficava lá o abraçando durante horas, sem sair dali.

Admito que depois do primeiro sonho, houve muita reviravolta na minha relaçao com a pessoa que estava a me abraçar, e logo depois (ok, um longo e conturbado tempo depois) cada um seguiu seu caminho, sendo assim o melhor para os dois. Ainda assim, fiquei me perguntando se isso nao era uma especie de sinal divino pra me dizer que eu deveria estar o procurando, ou ''fazer pazes'' (se estivessemos brigado).
A questao é q inevitavelmente esse bendito sonho mexe com cada estrutura minha, faz aquele sufoco voltar e com certeza inclui um pouco de phil collins tambem, se voce me entende (e leu o post antigo).

A verdade, e isso é um saco, é que eu queria realmente estar lá no sonho, onde tudo pareceu bem mais facil de ser resolvido, onde eu nao preciso sair do lugar onde eu estou para encontra-lo. Eu queria mesmo que ele estivesse aqui agora. Ou sempre.

Mas enquanto eu nao resolvo a minha vida, nao tomo coragem pra ter iniciativa de cultivar uma relaçao mais saudavel, enquanto tudo isso nao acontece, em sonho ta valendo.
Pelo menos lá ta tudo certo. E o phil collins (assim como o mgmt e o silversun pickups) continua cantando pro abraço.
E o abraço era bom hein, vou te contar.




''I remember don't worry, how could I ever forget?''

In the air tonight.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Every now and then

Hoje foi provavelmente um dos pouquissimos dias da minha vida dos quais aproveitei minha propria compania, sem ligar pro fato de nao ter com quem conversar, ou chorar magoas de problemas sem respostas.
Me encontrei achando consolo pra muitas das duvidas que tinha, naqueles versos que o Amarante sempre aparece estar cantando pra mim (ok, o Camelo tambem). Escrevi sobre uma pessoa que me sufocava com uma saudade antiga, pra qual eu ainda nao vejo breve solucao, ou pior, nao me vejo nem de longe conseguindo lidar com isso, comigo..., e logo depois quem vem se desculpar por atos passados? ele mesmo.
Nessa hora, achei q fosse morrer, ou que meu coracao ia explodir de tanta felicidade (tanta que liguei pra minha amiga q esta curtindo a night em buzios e fiz ela gritar alguma coisa pra dizer a ele em resposta). Mas quando ele comecou a dizer tudo aquilo que sempre diz, tudo aquilo que eu continuo estupidamente esperando q diga sempre, a fim de realmente se desculpar por todo o tempo que ao longo dos anos eu investi em nos dois, e ele nao, achei que provavelmente ele tivesse treinado na frente do espelho, ou so se sentido na necessidade de dizer.
Odeio fazer alguem se sentir na necessidade de ter alguma especie de relacao comigo, ou ter q me procurar considerando o fato de que nao tem outras amigas mulheres.
Quando realmente ele comecou a falar tudo aquilo, mesmo que meu coracao estivesse dando pulos estilo dainane dos santos, eu queria sair de perto e fingir que isso tudo nao aconteceu sabe? Figir que aquilo nao era uma puta falsidade e que eu REALMENTE deveria ter perdido menos tempo com ele, bem do jeito que ele mesmo disse.

Mas, ja nao disse o ditado de que a gente nao escolhe quem ama?
E eu nao escolhi.
Queria voltar no tempo, a 7 anos atras e ter sacudido a minha cabeca e dito ''amine, nao se mete nessa, eh furada'', mas se eu tivesse feito isso, nao teria aproveitado cada abraco, ou aquelas risadas que a gente sempre acaba lembrando nos finais da tarde.
Se eu soubesse que hoje eu sofreria tanto por essa amizade meio confusa, talvez eu tivesse sido mais esperta. Mas acho que a minha vida ficaria com esse vazio enorme e eu nao saberia como preenche-lo.

Mas agora, nessa realidade onde eu tenho que competir com essa namorada (a qual eu porcamente influenciei que virasse de fato namorada), e nao podendo ser so ser a melhor amiga ou o que quer que eu seja agora, isso me doi muito, e tudo o que eu realmente quero eh que ele pare de falar. So pare.
Pare de me fazer pensar nele.
Pare de dizer essas coisas e deixe eu viver uma vida que nao inclua tanto ele. Ou uma onde eu consiga pensar antes em mim, do que ter 3 pensamentos preocupados sobre a vida dessa outra pessoa.

No final das contas, todas as musicas ainda vao me lembrar de cada momento que a gente viveu, cade verso ainda vai querer fazer eu voltar no tempo, mas o tempo nao volta e eu continuo aqui, esperando por uma coisa que nao vai acontecer.
Por isso, quando ele começou a falar tudo, ja nao fazia mais sentido algum.
Ele nao esta aqui pra mim da maneira como eu sempre estive pra ele, e desculpa nao conserta, e nem de longe poe tudo no lugar.
Minha vontade é sinceramente manda-lo ir a merda, porque é sempre quando esta tudo perfeitamente bem que ele vem com esse papo mole. Entao tchau meu filho, vai arranjar uma outra vida pra atormentar.



''Eu quero paz, quero dançar com outro par pra variar, amor. Não dá mais pra fingir que ainda não vi as cicatrizes que ela fez. Se desta vez ela é senhora deste amor, pois vá embora, por favor, que não demora pra essa dor sangrar.''

DETALHE POS-POSTAGEM

Provalvelmente o orkut foi a pior e a melhor invencao do homem desde da roda. Ou da pasta de dente (mesmo q eu continue acreditanto q a melhor invencao do homem foi a fibra do vinil). Acontece q eh inevitavelmente pelo o orkut q voce acaba sabendo de tudo aquilo q inevitavelmente voce vai acabar sabendo, mas q como eu, gostaria de fingir q nao aconteceu.
No meu post sobre a saudade eu, definitivamente, nao estava incluindo essa pessoa. Com certeza absolua estava envolvendo alguem BEM proximo a essa pessoa (e q inicialmente era muito mais proximo da minha pessoa), mas nao essa pessoa. Essa pessoa esta excluida dos meus pessamentos a aproximadamente 3 semanas, ou talvez menos porque ninguem eh de ferro, e eu juro q estava perfeitamente em paz com isso. Essa pessoa tambem me faz uma puta sufocante falta, mas eu tento com todas as forcas q eu encontro iguinorar esse fato fatidico. Acontece q eh nessa hora q, ao mesmo tempo q acabamos de postar um post complexo (ou nem tanto) sobre a saudade, que no meu caso esta virando uma doenca ou um bicho parasita, me vem o orkut e aquela shhhhhhhit de ATUALIZACOES q eles invetaram e eu (obviamente) nao consigo controlar minha curiosidade estupida e la vou eu olhar a bendita infeliz foto. E pra piorar a situacao, a foto tinha como titulo (se podemos chamar aquilo de titulo) um adjetivo direcionado a pessoa em questao, o qual eu DE MANEIRA NENHUMA me faz concordar. E gostar.
Porque querendo ou nao, E REPITO: EU ODEIO SAUDADE, eu morro de ciumes da pessoa em questao, estou passando a inclui-lo na minha lista negra de pessoas q eu estou missing, e odiei a merda (palavroes no blog novo..) do adjetivo (ate porque eh um adjetivo no eufemismo, mesmo nao estando no eufemismo. a nao ser q o adjetivo seja literal, ou seja, esteja indicando o fato de q de fato a pessoa em questao ficou com a horrivel q esta do lado dele (a qual eu estarei investigando em possiveis proximos posts), o q eh algo ainda mais deprimente do que a foto, a menina e ele. q confusao), e odeiei o fato de ter chegado a conclusao de que mesmo sem certeza nenhuma, TENHO CERTEZA DE QUE ELE FICOU COM ELA.

to odiando o orkut e o blog novo, que esta me fazendo concluir as verdades muito mais rapido do que eu normalmente faria.
TCHAU

Old Ways

(computador com configuracao americana, ou seja, without acentos)
Depois de nao sei por quanto tempo pensar a respeito de iniciar um novo blog (pelo fato de nunca ter aprendido a mexer no livejournal), principalmente quando os 140 caracteres do twitter acabavam e eu continuava com a vontade sufocante de contar tudo pra alguma alma viva (nem q essa seja eu mesma, no final das contas), resolvi dar as caras por aqui, falar da vida - da minha, ou de estranhos (por mais q eu nao seja muito in nesse tipo de jornalismo) - e sei la, matar esse tempo que muitas vezes parece me matar.

Esse tempo livre, por incrivel q pareca, nao esta me fazendo surtar nem nada. So esta pra variar, me fazendo lidar com o que eu mais odeio na vida: a saudade.
Aqueles sonhos esquisitos, as musicas q sempre caem no aleatorio e te fazer lembrar de um zilhao de coisas, e o celular, que sempre resolve estacionar em cima do numero dessa(s) pessoa(s). Nessas horas a minha cabeca fica a um zilhao por hora, morrrrrendo de vontade de fazer uma besteirinha de nada, mas meu orgulho sempre acaba me salvando, e me direcionando de volta pra realidade, q eh de onde eu nao deveria ter saido pra comecar. (odeio escrever ''eh'').
Quando eu comeco a comentar sobre esse extra de tempo (a ser consumido com inutilidades) percebo q eh provavelmente isso q esta me distraindo pra essa baboseira de saudade. Por isso, quando eu abro a porta pela manha e vejo a cara do meu vizinho de last night, ou quando ele me manda ir beber uma garrafa de tequilla sozinha pra esquecer tudo isso, comeco a achar mesmo q eh isso q eu deveria estar fazendo, apesar de saber q essa saudade nao eh de hoje, e parece q ela chegou com um mandato de permanencia por tempo indefinido, porque eu ja fiz de tudo (menos coisas q envolvem garrafas de tequilla) e ela nao vai embora.
Admito q agora ja se tornou uma coisa a qual eu aprendi a conviver, mas como eu ia dizendo, sabe quando toca aquela musica, e NAO TEM COMO nao lembrar? E quando a gente sonha com aquelas cenas da infancia, que por acaso isso tambem se inclui na saudade, e acorda sorrindo q nem uma imbecil? Bom, tem dias q o phil collins fica cantando in the air tonight pra mim o dia todo, e eu juro, q no fundo, eu nao gosto nada disso.
Aproveitei o ano novo, comi (muito mais do q deveria), escrevi uma parte nova pra historia, segui minha vida, e de repente vem aquele sufoco doido querendo me derrubar. Da vontade de gritar: ''sai daqui malditoooooo, voce nao vai conseguir nadaaaaaaaa'', mas isso seria mentir no blog novo, e eu nao acho certo.
O sufoco consegue tudo por aqui,
me derrubou,
e aqui estou eu, e phil collins, compartilhando a vontade de correr ate um certo condominio da barra, chamar um elevador, abracar aquele infeliz, e nao sair dali nunca.
Que assim como a realidade, eh de onde eu nunca deveria ter arredado meus pezinhos.

A vida ''eh'' assim, blog novo.
Beijo amis