segunda-feira, 26 de abril de 2010

Roedores compulsivos de time machines

Passei essa ultima década que não vim aqui, remoendo (adoro essa palavra) a intensidade daquele buraco onde parece que meu coração foi parar.
Não sei por que diabos eu lido tão mal com qualquer espécie de sentimento, porque me acho enterrando bem lá no fundo de mim, e fico me suprindo de pequenas doses desse veneno patético (nusssssssss, que metáfora ridícula), tentando adiar o grande dia que eu vou simplesmente aprender a lidar com esse carma maldito e parar de querer chorar pelos cantos toda vez que eu escuto alguma musica que fala sobre voltar no tempo.
Afinal, porque a gente sempre acaba culpando o tempo?!?!
‘o tempo desgastou’ , ‘o tempo me fez esquecer’, o tempo, o tempo, o tempo. Eu odeio o tempo. Adorava detestar as pessoas – assassinas em massa de pobres corações necessitados de piedade – mas hoje em dia eu absolutamente amo! detestar o tempo.
A minha relação com o tempo é hilá-ria, porque NEM EU acredito na minha capacidade de ser imbecil: La estava eu, LITERALMENTE (leia-se: É A MAIS PURA VERDADE) doente de saudade de um certo projeto de homo sapiens que me consome que nem heroína misturada com crack, achando que (HAHAHAHHAH PRA MIM) não falava/pensava/falava com essa pessoa a 2 meses, e minha santa bicicletinha azul, quando eu fui contar de fato quantos dias tinham se passado (com a soberb ajuda do meu cabo de força Sr. Diário Zé), ... que rufem os tambores pra esse cavalinho máster do pânico na minha cabeça: Só tinham se passado 18 fucking dias.
Conclusao que eu tirei após essa descoberta de que não existe solução pra mim: O tempo é uma vadia mal comida.
CARA, eu juro (preciso continuar segurando nessa idéia antes que eu realmente considere suicídio, então mil perdoes pelo blablabla sacal): tava batendo no peito na primeira semana fatasiosamente achando que já tinha se passado um mês e que tava cagando demais pra a existência daquele e.t. na minha vida, huhuhu playson do esquecimento eu, mas o sonho durou pouco e eu não agüentei mais que essa uma semana (triste realidade).
O TEMPO SIMPLESMENTE NÃO QUER PASSAR PRA MIM.
O tempo com essa pessoa simplesmente me ensinou a ter cautela, acho que esse foi um dos poucos aspectos positivos. Levando em consideração que tudo aconteceu rápido demais entre a gente, não deixei muito espaço para a imginaçao duvidar que eu seria igualmente superada rápido. Mas como os ponteiros do meu relógio e os dias do meu calendário vivem em slow motion e num eterno rewind, fiquei pra trás. Meu lado racional raras são as vezes que me abandona até esse ponto estúpido. E eu continuo querendo poder dizer as 19 letras abençoadas de ‘’ o tempo me fez esquecer’’.
Percebi que os 18 dias foi tipo o meu máximo. Eu preciso receber uns chutes da minha realidade pra ficar com a pança cheia. Por um momento eu não conseguia acreditar em como era possível concordar em discordar com alguém, do mesmo jeito que eu não entendi como eu e ele éramos tão iguais e, no entanto, tão diferentes.
No lugar dela (A OUTRA), provavelmente não disperdiçaria a oportunidad de ser amiga do tempo, permaneceria por incontáveis horas na vida dele se eu pudesse esbanjar esse privilegio, porque mesmo concordando em discordar, acho que ela concorda comigo quando preferimos ser alguém, do quer ser reduzida a uma ninguém (qualquer semelhança do ‘’ninguem’’ comigo, é a mais pura coincidência, amigos! High Five! o/ )

Fica a dica coleguinha.








''E quando eu tiver saído para fora do teu círculo,
tempo tempo tempo tempo, não serei nem terás sido''